quinta-feira, 2 de abril de 2009

DIA INTERNACIONAL DO AUTISMO 2/04/2009

INDIGNAÇÃO - Nesse dia tão especial pela causa autista, gostaria de fazer aqui um desabafo. Conheci uma jovem, que se diz autista, e tudo leva a crer, pela somatória de sinais que apresenta, que realmente é essa a sua condição. No entanto, a família rejeita a idéia que ela esteja dentro do espectro, e com isso só prejudica o bom desenvolvimento dessa moça de 21 anos. Não citarei nomes aqui por motivos óbvios, mas busco alternativas de como ajudá-la,já que vive muito distante de nós.Tenho procurado interagir com ela por e-mails e papos online. Com capacidade além do normal, poliglota e de inteligência muito distinta, vive trancafiada dentro de um quarto. Filha de um médico, que ela afirma também ser um asperger, convive com o deboche e a rejeição de todos os seus membros familiares. Participou de vários fóruns nacionais e internacionais de autistas, mas acabou se fechando pra todos, devido a sua grande dificuldade de socialização. Nos telefonou várias vezes, e achei seu jeito muito meigo e sincero, típico dos autistas. Sempre fez questão de frisar que encontrou em nós (meu esposo, eu e Felipe) grande carinho e confiança. Infelizmente sua mãe a proibiu de dar telefonemas alegando gastos em excesso. Não entendeu que isso é uma forma da filha interagir e se socializar, já que antes raramente usava o telefone e vivia confinada em seu quarto. No momento ela tem se dedicado pros estudos, já que pensa em retomar e ingressar na universidade de medicina, pra ajudar autistas e pessoas com transtorno mental. Encontrei um vídeo no Youtube, de uma peça teatral, sobre uma garota autista, também incompreendida pela família, que muito me faz lembrar a história dessa jovem. Na verdade esse vídeo me faz chorar. Vejo que é realidade dentro de muitas residências. Não diria de um lar, por isso prefiro escrever "residência". Pois um lar nao trataria dessa forma um autista.
O vídeo chama-se "Claudine", vale a pena conferir.